sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O Arcano Nove


Era então que eu deveria ter dito: "Escute,mamãe, sabe o Red Beaumont? Certo,definitivamente ele não presta, ele pode ser um vampiro. Pronto,já disse. Agora, será que pode falar a ele que eu estou com enxaqueca e não posso ir jantar?" Mas não disse.Não podia.Só fiquei lembrando aquele olhar do Sr Beaumont. Ele ia contar à minha mãe. Ia contar a verdade.Sobre como eu tinha entrado em sua casa com motivos falsos,sobre aquele sonho que eu disse que tive.Sobre como eu falo com os mortos.
Não.Não,isso não ia acontecer. Eu finalmente tinha chegado a um ponto da vida em que mamãe estava começando a sentir orgulho de mim, até mesmo a confiar em mim. Era meio como se Nova York tivesse sido um pesadelo muito ruim, do qual ela e eu tivéssemos finalmente acordado. Aqui na California eu era popular. Era normal. Era maneira. Era o tipo de filha que mamãe sempre quis, em vez do fardo social que constantemente era arrastada para casa pela polícia por ter invadido lugares e criado problemas. Eu não era mais obrigada a mentir para um terapeuta duas vezes por semana. Não estava cumprindo detenção permanente. Não precisava ouvir mamãe chorando no travesseiro à noite, nem ver que ela começava a pegar pesado no valium, escondida, é claro, sempre que chegava a época das reuniões de pais e professores.
Ei, com exceção do sumagre venenoso, até minha pele havia melhorado. Eu era uma garota totalmente diferente. Respirei fundo.
- Claro, mamãe. Claro, as coisas estão mudando para nós.

A mediadora - O arcano nove, Meg Cabot

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Felicidade

Muitas vezes perdemos a possibilidade de felicidade de tanto nos prepararmos para recebê-la.
Porque então não agarrá-la toda de uma vez?

Jane Austen